Olhar ofuscado

 em Entrevistas

Deu na edição on line do jornal britânico Times: por vezes, nem pais observadores conseguem notar alterações típicas trazidas pelo uso de drogas por seus filhos adolescentes.

Segundo o jornal, que divulgou dados de estudo realizado pela – respeitada – Washington University School of Medicine, os efeitos do abuso de álcool, cigarros ou, até, de drogas pesadas entre os jovens costumam passar despercebidos por grande parte dos adultos responsáveis por sua educação.

Até os que notam alterações ou admitem uso eventual de drogas não imaginam o verdadeiro alcance da situação, explicam os pesquisadores.

Para chegar a tal conclusão, realizaram 591 entrevistas com crianças e adolescentes, entre 12 e 17 anos, e um de seus pais – em geral, a mãe.

O estudo está disponível a assinantes do jornal Alcoholism: Clinical & Experimental Research.

Mais detalhes no site da Times.

No Brasil, detetives
Sobre o mesmo tema, a Folha de São Paulo publicou reportagem informando a nova “arma” dos pais para rastrear o uso de drogas entre seus filhos: contratar detetives particulares.

De acordo com o jornal, para ter certeza de que adolescentes estão consumindo drogas, cada vez mais adultos recorrem a serviços especializados. Apenas para dar uma idéia do problema, profissionais da investigação relataram aumento de procura por parte de pais, na ordem de 50%, nos últimos três anos.

Seu trabalho básico é acompanhar meninos e meninas de 14 a 17 anos que negam – veementemente – o envolvimento com substâncias proibidas.

Na falta de confirmação, vale tudo: são feitos vídeos, fotografias e instalada escuta telefônica.

“Quando um pai me procura (…) já sabe que o filho consome entorpecentes, mas quer ter certeza e saber detalhes” disse ao jornal o detetive Mário Biolada.

Em tempo: ao longo das investigações, mais de 90% das suspeitas são confirmadas.

Fonte: http://www.bioetica.org.br

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